O Pablo saiu do hospital ele ficou 2 meses e 3 dias na ÚTI, e durante um tempo ele mamou via sonda e um tempo pela mamadeira, quando ele foi desintubado tentamos ofereceu o seio para ele se alimentar, mais ele não conseguia sugar, respirar e engolir, e ele também tinha dificuldade com o bico do peito.
Em todo tempo que ele ficou na ÚTI eu retirava o meu leite para ele se alimentar, e foi assim desde o primeiro ate o ultimo dia de sua internação.
Ao chegar em casa durante uns 3 dias eu retirava o leite e colocava na mamadeira, mais depois disse ele começou a sentir ânsia. Então resolvi dar o leite que o medico já tinha prescrito e que nas horas que não tinha o leite materno no hospital era como ele se alimentava.
Na casa da minha sogra foi uma confusão, ele sempre olhava pra mimm sem travas na língua e me dizia que a mulher só sabe o que é ser mãe quando alimenta seu filho no seio, e isso me deixava muito triste, e toda vez que eu ia na casa dele ela falava a mesma coisa. Durante muitas vezes eu ia pra casa e chorava muito.
Ai um dia me revoltei (risos), deixei ela falar e disparei: então quer dizer que ser mãe é só alimentar seu filho no seio, tudo que eu passei na gravidez, no hospital não somou nada na minha vida como mãe? Eu lutei cada minuto pela vida do meu filho, eu me dispus a morrer por ele na sala de perto, foi esse o pedido que fiz para o medico deixa meu filho viver eu escolho ele, e agora só por que ele não pegou o meu seio eu não sei o que é ser mãe?
Tem tanta mãe por ai que alimenta seus filhos no seio e depois faz maldades com eles, que abandona, não cuida, joga no lixo chega ate matar.
Isso não me faz menos mãe que ninguém, entao quem adota um filho não pode se considerar uma boa mãe.
Eu procuro ser a melhor mãe possível eu sei dos benefícios do leite materno, e por isso que me esforcei tanto para ordenhar no hospital, para que mesmo na ÚTI ele recebesse meu leite que era pro seu bem, o medico disse que eu estava dando as primeiras vacinas no meu filho, por muitas vezes saia pouco leite, e eu chorava e não desistia mesmo com dor retirava ate a ultima gota pra alimentar meu filho.
Nesse dia encontrei a minha amiga Débora Nunes do blog Aventuras de uma mãe coruja, e como sempre ela me deu uma força, pois ela sempre me ajuda quando preciso, me forneceu palavras de conforto que foram muito importantes.
Nunca deixe ninguém desmerecer o tipo de mãe que você é, pois ninguém sabe o quanto você lutou e luta pelos seus filhos.
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